Dentro da Umbanda, diferentemente de outras religiões, o
médium tem função efetiva nos cultos, e para a concretização dos trabalhos se
faz necessário a presença dos filhos para que possam realizar suas obrigações
espirituais e dar andando nas giras.
Portanto, não existe diferenças nos graus de mediunidade,
pois a mesma amadurece com o passar do tempo e com o comprometimento do médium
para com Oxalá, seus Orixás, guias, mentores e protetores espirituais.
Contudo, o sacerdócio inicia a partir do nascimento do
médium, pois não se pode fazer um médium, quem tem esta missão já firmou este
compromisso que foi assumido anteriormente no plano astral e que vai se
aflorando com o passar do tempo, trazendo à pessoa a consciência da jornada a
ser seguida.
Qualquer pretensão de afirmar que é possível tornar
indivíduos em Sacerdote, Pai/Mãe de Santo através de um curso, não é verídico. Existe
uma grande diferença entre tornar um médium em Sacerdote e outra em desenvolver
um estudo sistematizado, com método e orientado pelo astral para auxiliar,
embasar, apoiar, fortalecer estruturar àqueles que são ou serão legitimamente
um Sacerdote de Umbanda.
O Dirigente Sacerdote é aquele que teve o chamado dos
seus mentores a ser um propagador da religião a outras pessoas, mas isto não o
torna melhor e, sim lhe dá um compromisso maior, pois passa a ser um diferente
difusor e semeador de conhecimentos do Divino e Sagrado. Todo sacerdote precisa
receber uma boa preparação e orientação para exercer todas as múltiplas funções
que este cargo religioso exige com sabedoria.
Sabe-se que
na umbanda a voz de comando e a última palavra é dada pelos mentores
espirituais e pelos guias-chefes dos médiuns. Isto é o que realmente ajuda a
manutenção dos seus templos e para que as sessões ocorram harmonicamente.
Mesmo assim, é de extrema importância o aprendizado
permanente de todo sacerdote, fato que beneficiará a religião como um todo,
permitirá um aprimoramento ritualístico e uma renovação dos conceitos. Desta
forma, poderá também suprir as lacunas conceituais, filosóficas e teológicas
ainda existentes, além de ter a oportunidade de realizar cerimônias religiosas
tais como: batismo, matrimônio e funerais, que ainda hoje, muitos umbandistas
acabam recorrendo à sacerdotes de outras religiões.
Conceitos
filosóficos, teológicos e doutrinários mais profundos, só surgirão com o
amadurecimento do próprio templo. Portanto, um curso de “Sacerdócio Umbandista” pode oferecer um extenso plano de estudos, abordar faces do exercício sacerdotal, falar sobre todas a atividades práticas, ritualísticas na intenção de auxiliar, informar e ampliar as possibilidades daquele que já o é, um Sacerdote.