Pisa na umbanda/ Pisa devagar/ Afirma o pensamento/ Que é pra não tombar/A Mamãe Sereia/ Rainha do Mar/ Dê a sua benção/A este congá.
31 de agosto de 2016
ORIXÁS
A palavra ORIXÁ em seu original Yorubá significa guardião da cabeça e são forças da Natureza.
A força, a luz, e a energia estão em toda a parte. Os orixás constituem as forças vivas da natureza como: a agua, o vento o trovão, o relâmpago, o mar, os rios, as montanhas, a força, a luz, o arco-íris, sol e tudo que é criado pela força da natureza. Os orixás estão em plano superior aos simples mortais. Cada orixá tem sua missão especial própria e intransferível.
Sendo os Orixás vibrações extremamente elevadas, acredita-se na Umbanda, que não é possível o contato direto com eles. Por isso cada linha de Orixá, envia para trabalhar na Terra os Falangeiros e Guias, que são entidades trabalhadoras, que vem de Aruanda ajudar seus filhos, nos livrando de demandas e transmitindo bons fluidos, formando, cada Orixá, uma falange de espíritos.
Orixá, dentro do culto Umbandista (de uma maneira geral) não são incorporados (não se incorpora o fogo de Xangô, os ventos de Iansã, as águas doces de Oxum). O que se manifesta nos terreiros são os Falangeiros dos Orixás (também conhecidos como encantados); ou seja, Espíritos de grande força espiritual (de grande Luz) que trabalham sob as Ordens de um determinado Orixá.
Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, a essência dos próprios Orixás manifestada nos médiuns, pois sua força é a emanação pura dos Orixás (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles podem incorporar nos médiuns, em seus “cavalos”, e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia muito facilmente) e exigem muito dos médiuns, não podendo permanecer por muito tempo em Terra. Trabalham na harmonização do terreiro, afastando cargas e no desenvolvimento e equilíbrio dos médiuns.
O trabalho com os Orixás é feito com os Guias (Espíritos que já tiveram vida corpórea) chamados “Capangueiros de Orixás“, ou seja, são Guias (entidades que falam, bebem, fumam, dão consultas …) que vêm na vibração ou emanação daquele Orixá.
Axe!
UMBANDA
A Umbanda é uma religião brasileira que sintetiza vários
elementos das religiões africanas e cristãs, porém sem ser definida por eles.
Formada no início do século XX no sudeste do
Brasil com um sincretismo que combina o Catolicismo, a
tradição dos orixás africanos
e os espíritos de origem indígena. Portanto, é uma mistura de várias religiões.
A palavra é derivada de “u´mbana”, um
termo que significa “curandeiro” na língua banta falada na Angola, o quimbundo.
Outra explicação seria a junção de duas
palavras do sânscrito: Aum e Bandha, representando a conexão entre o plano
terreno e o plano divino.
Uma terceira explicação afirma que a
origem de umbanda é mântrica; o termo Aumbandhan teria passado de geração a
geração e chegado até nós com o som de a umbanda.
Ainda há uma quarta explicação que se
refere a uma obra de Heli Chaterlain chamada Contos populares de Angola (1889);
nesta obra, umbanda tem o sentido de curador, magia de cura e é sinônimo de
kimbanda.
A história da umbanda se cruza com a de
Zélio Fernandino de Morais. Zélio nasceu em família tradicional de Neves,
distrito de São Gonçalo. Em fins de 1908, então com dezessete anos de idade,
Zélio preparava-se para o ingresso na carreira militar, na Marinha do Brasil,
quando foi acometido por uma inexplicável paralisia, que os médicos não
conseguiam debelar. Certo dia, ergueu-se no leito, declarando "Amanhã
estarei curado!".
No dia seguinte, de fato, levantou-se
normalmente e voltou a caminhar, como se nada lhe houvesse acontecido: os
médicos não souberam explicar o ocorrido. Os seus tios, padres da Igreja
Católica, surpreendidos, também não souberam explicar o fenômeno. Um amigo da
família, então, sugeriu uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio de
Janeiro, então sediada em Niterói, presidida, na ocasião, por José de Souza.
Na ocasião, manifestou-se por intermédio de Zélio a entidade que se
denominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, que anunciou a fundação de uma nova
religião no Brasil, a Umbanda. No dia seguinte, na residência da família de
Zélio, reuniu-se os membros da Federação Espírita, visando comprovar a
veracidade do que havia sido declarado pelo jovem que novamente incorporou o
Caboclo das Sete Encruzilhadas, declarando que os velhos espíritos de negros
escravos e índios de nossa terra poderiam trabalhar em auxílio dos seus irmãos
encarnados, não importando a cor, raça ou posição social. Assim, neste dia
fundou-se o primeiro terreiro de umbanda chamado de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade que está em funcionamento até hoje.
Pelo fato da Umbanda nascer da mistura de
diversas crenças, vindas de outras religiões, provavelmente por isso, a Umbanda
seja a religião que recebe a todos, sem discriminações.
A ritualística de Umbanda é bastante
extensa, e vem sendo moldada, sobretudo, através de orientações de mentores
espirituais, tendo como principal objetivo a caridade, realizando atendimentos
por estes mesmos mentores.
Através da incorporação mediúnica,
entidades espirituais muito mais evoluídas do que nós encarnados, prestam
auxílio as pessoas que recorrem aos templos em busca de orientação espiritual.
A forma que se realizam os rituais pode
variar de um templo para outro, devido ao fato de que cada casa possui
fundamentos próprios, de acordo com orientações dos mentores espirituais do
templo, no entanto, são, geralmente, os mesmos preceitos.
A
Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual,
dite normas e conceitos sobre a religião. Por isso cada terreiro segue um
ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação
de ritual entre uma casa e outra.
Os
seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja,
aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um
bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja. Os espíritos da Quimbanda (Exus)
podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja
feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois,
o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.
Os
médiuns possuem os guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o
responsável pela vida espiritual do médium e por isso é chamado de guia chefe,
normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho.
Axé!
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