14 de dezembro de 2016

Baianos são uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos / Pretas-Velhas. Suas giras são encontradas sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra. Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.
Formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia ou estados do Nordeste, próximos à Bahia. Os Baianos trabalham na orientação material ou espiritual dos seguidores de nossos cultos, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.
Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos.
Na Umbanda pura, sem mistura com Candomblé, Nações ou catolicismo, dia 02 de fevereiro é dia de Nosso Senhor do Bonfim - o padroeiro do Povo Baiano. Por este motivo, esta data ficou instituído, na Umbanda, como o dia de se homenagear a Linha dos Baianos.

Axe!

BOIADEIRO

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas pôr todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas giras de Umbanda.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força e a vontade de conquistar, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

Os Boiadeiros também integram a chamada Linha Intermediária ou Auxiliar, podendo atuar livremente tanto nas linhas de direita quanto de esquerda. É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

A comemoração ocorre em diversas datas, contudo, pode-se comemorar no dia de Oxum (Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro), padroeira do Brasil, peões e vaqueiros.

Axé!

2 de dezembro de 2016

CABOCLOS

Caboclos são entidades que se apresentam como indígenas e que já morreram e viraram guias de luz que voltam à Terra para prestar a caridade ao próximo, ou ainda almas de pessoas que assumiram a roupagem fluídica de caboclo como instrumento de ideal. São da Linha das Matas.

Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento (Regência do Orixá Oxóssi).

  No entanto, cada caboclo (a) vem na irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são “filhos “de determinado orixá e perante outros orixás foram iniciados para trabalharem em Seus Mistérios (exemplos: Caboclo Pena Branca: de Oxóssi e Oxalá; Caboclo Pena Dourada: de Oxóssi e Oxum; Cabocla do Mar: de Iemanjá; Caboclo Sete Montanhas: de Oxalá e Xangô).

Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, assim como os Pretos-Velhos. Tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). No decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.


Geralmente os terreiros comemoram ou realização uma homenagem aos caboclos no dia 20 de janeiro dia de São Sebastião, sincretizado com o Orixá Oxóssi.

CAMBONOS

Os Cambonos são médiuns de sustentação e são tão importantes quanto os médiuns de incorporação nos trabalhos de um terreio. Devem seguir alguns procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade na corrente.
 O Cambono, é aquele trabalhador que está presente ao trabalho, mas que não participa diretamente do fenômeno nem dos procedimentos de incorporação mediúnica para atendimentos.

Embora não esteja envolvido diretamente, o cambono faz a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório elevado por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
 Por este motivo, são tão importantes quanto os médiuns de incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns de atendimento fazem a sua parte e desenvolvem o trabalho assistencial.

Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas médiuns ou não.

Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono de sustentação deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam perder a segurança do trabalho e dos outros filhos do terreiro.
Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.

O cambono deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem compromissos com a casa que trabalha, deverá conhecer os regulamentos internos para que possa garantir a eficiência do trabalho de acordo com as doutrinas do terreiro.

É importante que tenho o compromisso de não faltar às sessões, exceto em motivos justos, para o que auxiliar de forma que os trabalhos iniciem pontualmente e em ordem.

As entidades também contam com os cambonos para serem auxiliados, tanto na sustentação do terreiro, quanto na organização dos instrumentos utilizados, vestes, fumo, bebida, entre outros.

O cambono também tem a responsabilidade de auxiliar os presentes, não só filho da corrente, mas também os consulentes, que devem ser tratados, respeito e educação.

O cambono não pode ter qualquer tipo de preconceito, pois não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, mantendo também a discrição, nunca devendo comentar, dentro ou fora do terreiro, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados. Em casos de dúvida, ao final dos trabalhos, deverá saná-las diretamente com o chefe do terreiro, pai de santo ou responsável presente.

Portanto, é possível observar que a responsabilidade de um cambono é grande, mediante aos desafios do dia a dia e exige o mesmo esforço e responsabilidade dos demais envolvidos nos encontros, independentemente da posição que ocupa no terreiro.


Axé!

1 de dezembro de 2016

CURIOSIDADES


O que é Pemba?

A pemba faz lembrar giz de lousa em forma esférica, usado ritualisticamente em culto afro-brasileiros. Na verdade, tem origem no efum, uma espécie de pemba africana de fabricação especial, obtida através de um rito ou cerimônia e composta por vários pós e minerais.
Ela um instrumento muito usado e poderoso da Umbanda, porque faz a sua escrita em todas as linhas e em todas as cores, centralizando sobre o terreiro a força da magia, para que sob seu domínio, dos seus riscos, possa a água, o fogo, a luz, as ervas e todos os outros materiais formarem verdadeira magia astral.
É muito usada pelas entidades para riscar seus pontos, como se a entidade fizesse ali sua assinatura. Ela é considerada um instrumento sagrado e por este motivo é saudada nos rituais.
Quando se cruza um médium com a pemba, está no momento, equilibrando os seus campos reagentes para que ele possa assimilar bem as energias, já que a pemba, após ser imantada com a energia do respectivo orixá, imanta o médium para facilitar a captação através dos chacras, da energia desejada onde estas energias serão transformadas em força espiritual.
A pemba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de caminhos.
Pela pureza de seus elementos somada a imantação das entidades e orixás, pode ser usada também para tocar a cabeça do médium, sendo utilizada para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, cruzamento dos cantos do terreiro, para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns.
Existem pembas de diversas cores, sendo elas correspondentes às cores das linhas de Umbanda, porém a mais utilizada é a de cor branca.
A pemba é usada para traçar pontos que servem de firmeza e captação de forças para os trabalhos é com ela que as entidades riscam seus pontos e o ponto riscado é a identidade da entidade.
Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e até mesmo, colocado dentro do próprio amaci.

É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma. Uma pemba comprada em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de espirituais.


Axé!