14 de dezembro de 2016

Baianos são uma linha de trabalhadores de Umbanda pertencentes à chamada Linha das Almas, a mesma dos Pretos-Velhos / Pretas-Velhas. Suas giras são encontradas sobretudo em São Paulo. A correspondência no Rio de Janeiro é com a linha dos Malandros, cujo maior representante é Zé Pelintra. Outras linhas trabalham na gira dos baianos como por exemplo: Boiadeiros, Marinheiros e em alguns terreiros os Mineiros.
Formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia ou estados do Nordeste, próximos à Bahia. Os Baianos trabalham na orientação material ou espiritual dos seguidores de nossos cultos, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.
Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos.
Na Umbanda pura, sem mistura com Candomblé, Nações ou catolicismo, dia 02 de fevereiro é dia de Nosso Senhor do Bonfim - o padroeiro do Povo Baiano. Por este motivo, esta data ficou instituído, na Umbanda, como o dia de se homenagear a Linha dos Baianos.

Axe!

BOIADEIRO

São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas pôr todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas giras de Umbanda.

Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força e a vontade de conquistar, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta.

Os Boiadeiros também integram a chamada Linha Intermediária ou Auxiliar, podendo atuar livremente tanto nas linhas de direita quanto de esquerda. É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

A comemoração ocorre em diversas datas, contudo, pode-se comemorar no dia de Oxum (Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro), padroeira do Brasil, peões e vaqueiros.

Axé!

2 de dezembro de 2016

CABOCLOS

Caboclos são entidades que se apresentam como indígenas e que já morreram e viraram guias de luz que voltam à Terra para prestar a caridade ao próximo, ou ainda almas de pessoas que assumiram a roupagem fluídica de caboclo como instrumento de ideal. São da Linha das Matas.

Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento (Regência do Orixá Oxóssi).

  No entanto, cada caboclo (a) vem na irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são “filhos “de determinado orixá e perante outros orixás foram iniciados para trabalharem em Seus Mistérios (exemplos: Caboclo Pena Branca: de Oxóssi e Oxalá; Caboclo Pena Dourada: de Oxóssi e Oxum; Cabocla do Mar: de Iemanjá; Caboclo Sete Montanhas: de Oxalá e Xangô).

Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, assim como os Pretos-Velhos. Tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). No decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.


Geralmente os terreiros comemoram ou realização uma homenagem aos caboclos no dia 20 de janeiro dia de São Sebastião, sincretizado com o Orixá Oxóssi.

CAMBONOS

Os Cambonos são médiuns de sustentação e são tão importantes quanto os médiuns de incorporação nos trabalhos de um terreio. Devem seguir alguns procedimentos e ter a mesma dedicação e responsabilidade na corrente.
 O Cambono, é aquele trabalhador que está presente ao trabalho, mas que não participa diretamente do fenômeno nem dos procedimentos de incorporação mediúnica para atendimentos.

Embora não esteja envolvido diretamente, o cambono faz a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório elevado por meio de pensamentos e sentimentos elevados.
 Por este motivo, são tão importantes quanto os médiuns de incorporação, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo e para o trabalho, enquanto os médiuns de atendimento fazem a sua parte e desenvolvem o trabalho assistencial.

Tanto quanto o médium de incorporação, o médium cambono de sustentação precisa conhecer a mediunidade e tudo o que diz respeito ao trabalho com a espiritualidade e as energias humanas, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas médiuns ou não.

Como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, o médium cambono de sustentação deve ter grande firmeza de pensamento e sentimento, a fim de evitar desequilíbrios emocionais e espirituais que poderiam perder a segurança do trabalho e dos outros filhos do terreiro.
Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.

O cambono deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem compromissos com a casa que trabalha, deverá conhecer os regulamentos internos para que possa garantir a eficiência do trabalho de acordo com as doutrinas do terreiro.

É importante que tenho o compromisso de não faltar às sessões, exceto em motivos justos, para o que auxiliar de forma que os trabalhos iniciem pontualmente e em ordem.

As entidades também contam com os cambonos para serem auxiliados, tanto na sustentação do terreiro, quanto na organização dos instrumentos utilizados, vestes, fumo, bebida, entre outros.

O cambono também tem a responsabilidade de auxiliar os presentes, não só filho da corrente, mas também os consulentes, que devem ser tratados, respeito e educação.

O cambono não pode ter qualquer tipo de preconceito, pois não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, mantendo também a discrição, nunca devendo comentar, dentro ou fora do terreiro, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados. Em casos de dúvida, ao final dos trabalhos, deverá saná-las diretamente com o chefe do terreiro, pai de santo ou responsável presente.

Portanto, é possível observar que a responsabilidade de um cambono é grande, mediante aos desafios do dia a dia e exige o mesmo esforço e responsabilidade dos demais envolvidos nos encontros, independentemente da posição que ocupa no terreiro.


Axé!

1 de dezembro de 2016

CURIOSIDADES


O que é Pemba?

A pemba faz lembrar giz de lousa em forma esférica, usado ritualisticamente em culto afro-brasileiros. Na verdade, tem origem no efum, uma espécie de pemba africana de fabricação especial, obtida através de um rito ou cerimônia e composta por vários pós e minerais.
Ela um instrumento muito usado e poderoso da Umbanda, porque faz a sua escrita em todas as linhas e em todas as cores, centralizando sobre o terreiro a força da magia, para que sob seu domínio, dos seus riscos, possa a água, o fogo, a luz, as ervas e todos os outros materiais formarem verdadeira magia astral.
É muito usada pelas entidades para riscar seus pontos, como se a entidade fizesse ali sua assinatura. Ela é considerada um instrumento sagrado e por este motivo é saudada nos rituais.
Quando se cruza um médium com a pemba, está no momento, equilibrando os seus campos reagentes para que ele possa assimilar bem as energias, já que a pemba, após ser imantada com a energia do respectivo orixá, imanta o médium para facilitar a captação através dos chacras, da energia desejada onde estas energias serão transformadas em força espiritual.
A pemba também pode ser usada para riscar objetos, portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de caminhos.
Pela pureza de seus elementos somada a imantação das entidades e orixás, pode ser usada também para tocar a cabeça do médium, sendo utilizada para lavagens de cabeça, banhos de descarrego, cruzamento dos cantos do terreiro, para riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns.
Existem pembas de diversas cores, sendo elas correspondentes às cores das linhas de Umbanda, porém a mais utilizada é a de cor branca.
A pemba é usada para traçar pontos que servem de firmeza e captação de forças para os trabalhos é com ela que as entidades riscam seus pontos e o ponto riscado é a identidade da entidade.
Em alguns casos específicos a Pemba pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é utilizado para determinados trabalhos e até mesmo, colocado dentro do próprio amaci.

É bom lembrar que a Pemba não é sagrada por si mesma. Uma pemba comprada em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será apenas um giz como outro qualquer, sem nenhuma utilidade espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira arma para aqueles que sabem manipulá-la. É um instrumento de luz usado pelo guia, essencial em qualquer trabalho de Umbanda.

Também é comum se falar em "Lei da Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão "Filhos de Pemba" é utilizada para identificar os filhos de Umbanda, aqueles que estão cumprindo as diretrizes de espirituais.


Axé!

29 de novembro de 2016

PONTOS CANTADOS – IEMANJÁ

1. Mãe d’água, rainha das ondas Sereia do mar / Mãe d’água, seu canto é bonito / Quando tem luar / Iê, Yemanjá, Iê, Yemanjá / Rainha das ondas, sereia do mar / Rainha das ondas, sereia do mar / Como é lindo o canto de Yemanjá / Sempre faz o pescador chorar / Quem escuta a mãe d’água cantar / Vai com ela pro fundo do mar / Vai com ela pro fundo do mar.

2. Saia do mar, linda sereia / Saia do mar, venha brincar na areia / Saia do mar, sereia bela / Saia do mar, venha brincar com ela.


3. Eu vou levar / Vou levar flores pro mar / eu vou levar / Eu vou levar / Vou levar flores pro mar / Eu vou levar / Uma promessa eu fiz / Para a Deusa do mar / O meu pedido atendeu / Eu vou prometi vou pagar.

Axé!


PONTOS CANTADOS – OXUM

1. Eu vi a mamãe Oxum na cachoeira / Sentada na beira do rio / Eu vi a mamãe Oxum na cachoeira / Sentada na beira do rio / Colhendo os lírios, lírios ê / Colhendo os lírios, lírios ah / Colhendo lírios pra enfeitar nosso congá / Colhendo os lírios, lírios ê / Colhendo os lírios, lírios ah / Colhendo lírios pra enfeitar nosso congá.

2. Mamãe Oxum sai da sua cachoeira / Mamãe Oxum sai da sua cachoeira / E vem descendo lá das pedreiras / E vem descendo lá das pedreiras / Mas como é linda a cachoeira de Oxum / Ela Está Guardada por soldados de Ogum / Mas como é linda a cachoeira de Oxum / Ela Está Guardada por soldados de Ogum.


3. Eu fui ao cantoar / Pagar promessa só / Levei de ouro maior / Um adê pra Ieieô / Ô aieô, minha reza é verdadeira / Oxum vem me abençoar / Ô aieô, minha reza é verdadeira / Oxum vem me abençoar / Ó meu Deus como é lindo / O céu se abre, mãe oxum vem surgindo oh oh oh/ Ó meu Deus como é lindo / O céu se abre, mãe oxum vem surgindo.



Axé!

PONTOS CANTADOS – IANSÃ

1. Iansã tem um leque de penas / Pra se abanar em dia de calor / Iansã tem um leque de penas / Pra abanar em dia de calor / Iansã mora nas pedreiras / Eu quero ver meu pai Xangô / Iansã mora nas pedreiras / Eu quero ver meu pai Xangô.

2. Eram duas ventarolas / Duas ventarolas que sopravam sobre o mar / Eram duas ventarolas / Duas ventarolas que sopravam sobre o mar / Uma era Iansã, Eparrêi / A outra era Iemanjá, adociá / Uma era Iansã, Eparrêi / A outra era Iemanjá adociá.


3. Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar / Mas Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar / Iansã penteia / Os seus cabelos macios / quando a luz da lua cheia / Clareia as águas do rio / Ogum sonhava com a filha de Nanã / E pensava que as estrelas eram os olhos de Iansã / Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar / Mas Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar / Na terra dos orixás / O amor se dividia / Entre um deus que era de paz / e o outro deus que combatia / como a luta só termina / quando existe um vencedor / Iansã virou rainha / Da coroa de xangô / Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar / Mas Iansã cadê Ogum? / Foi pro mar.

Axé!

PONTOS CANTADOS – OMULÚ

1. Meu Pai Oxalá / É o Rei, venha me valer / Meu Pai Oxalá / É o Rei, venha me valer / O velho Omulú / Atotô Abaluaê / Atotô Abaluaê / Atotô Baluaê / Atotô Babá / Atotô Abaluaê /Atotô é orixá.

2. Ôh Seu Omulú / Ôh meu orixá / Seu tesouro é osso / Cairê Cairá / Seu tesouro é osso / Cairê Cairá / Seu tesouro é osso / Cairê Cairá.


3. Se eu vejo um velho no caminho eu peço a benção auê/ Deus lhe abençoe Deus lhe abençoe / Deus lhe abençoe / Abaluayê, Deus lhe abençoe! 


Axé!

PONTOS CANTADOS – XANGÔ

1. Xangô morreu com a idade / Morreu sentado em uma pedra / Ele escreveu a justiça / Quem deve paga / Quem merece recebe / Ele escreveu a justiça / Quem deve paga / Quem merece recebe.

2. Por de trás daquela serra / Tem uma linda cachoeira / É de meu Pai Xangô / Que arrebentou sete pedreiras / É de meu Pai Xangô / Que arrebentou sete pedreiras.


3. Quem rola a pedra na pedreira é Xangô / Quem rola a pedra na pedreira é Xangô / A lua nasce por detrás daquela Serra / Iluminando as pedreiras de Xangô / Bate cabeça filho de fé / E peça a Pai Xangô o que quiser / Bate cabeça filho de fé / E peça a Pai Xangô o que quiser.


Axé!

PONTOS CANTADOS – OXÓSSI

1. Eu vi a lua / Eu vi a lua / Eu vi a lua e falei com ela / Eu vi a lua / eu vi a lua/ Senhor Oxóssi mora dentro dela.

2. Eu vi chover / Eu vi relampear / Mas mesmo assim o céu estava azul / Samborê pemba / Folha de Jurema / Oxóssi reina de Norte a Sul.


3. Ôh Jureme, Ôh Juremá / Sua flecha caiu serena Jurema / Dentro desse congá/ Ôh Jureme, Ôh Juremá / Sua flecha caiu serena Jurema / Dentro desse congá / Salve São Jorge Guerreiro / Salve São Sebastião / Salve as forças da Jurema / Que nos deu a proteção.


Axé!

PONTOS CANTADOS - OGUM

1. Ogum em seu cavalo corre / E a sua espada reluz / Ogum em seu cavalo corre / E a sua espada reluz / Ogum, Ogum Megê / Sua bandeira cobre os filhos de Jesus / Ogunhê!

2. Cavaleiro na porta bateu / Eu passei a mão na pemba / Pra ver quem era / Cavaleiro na porta bateu / Eu passei a mão na pemba / Pra ver quem era / Era São Jorge Guerreiro, viajante / Cavaleiro da força e da fé / Era São Jorge Guerreiro, viajante / Cavaleiro da força e da fé.


3. Eu tenho 7 Espadas pra me proteger / Eu tenho 7 Espadas pra para vencer / Eu tenho Ogum em minha companhia / Ogum é meu Pai / Ogum é meu Guia / Ogum vai baixar / Na fé de zambi e na fé da Virgem Maria.


Axé!

PONTOS CANTADOS – EXÚ MIRIM

1. Oh! Meu Senhor das Almas / Não faça pouco de mim / Eu sou pequenininho / Eu sou Exu Mirim.

2. Ele é Exu, é Exu Mirim / Não me nega nada / Sempre me diz sim / Ele é Exu, é Exu Mirim / Não me nega nada / Sempre me diz sim.



3. Ê moleque danado / Por que é que você vem aqui / Ê moleque danado / Por que é que você vem aqui / Exu Mirim tu é danado / Vê se tira as mandingas de mim.

Ponto de Subida

Ogum mandou / Bola de fogo pra mandar mirim embora / Ogum mandou / Bola de fogo pra mandar mirim embora / É hora é hora / Eles vão embora / É hora é hora / Eles vão embora.

Axé!


PONTOS CANTADOS – POMBA GIRA

1. Você conhece aquela moça / Que passeia no escuro / Com a sua saia de renda / Quebrando osso por osso / Mas é uma pomba gira / Mas ela Maria Mulambo / Ela virou raiz... / Ela virou uma Figueira... / Ela virou uma Mangueira... / Mas ela é Maria Mulambo.

2. Bem que eu lhe avisei / Que você não jogasse / Essa cartada comigo / Você apostou no valete / E eu apostei na dama / Amigo você não me engana / Eu sou pomba gira cigana.


3. De vermelho e preto / Vestindo a noite um mistério traz / De colar de ouro e brinco dourado a promessa faz / Você pode ir você pode vir / Peça o que quiser/ Mas cuidado amigo ela é bonita ela é mulher (bis) / E no canto da rua rodando, rodando, rodando está / Ela é moça bonita girando, girando, girando lá / Oi girando lá ô lê lê / Oi girando lá ô lá lá.


Ponto de Subida

Pomba gira bebeu  / Pomba gira curiou / Pomba gira vai embora  / Sua banda chamou.


Axé!

PONTOS CANTADOS – EXÚ

1. Sete facas de ponta / Em cima de uma mesa / Sete velas acessas / Na cruzilhada / Sete facas de ponta / Em cima de uma mesa / Sete velas acessas / Na cruzilhada / Seu Sete é o Rei / Seu Sete é o Rei / Seu Sete é o Rei da encruzilhada.

2. Cemitério é praça linda / Que ninguém quer lá passear / Lá tem catacumba aberta / Casa de exu morar / Mora lá / Mora lá / O exú mora lá / Mora lá / Mora lá / O exu mora lá.


3. Tiriri seu Cabrito deu um berro / Seu Tiriri seu Cabrito deu um berro / Arrebentou cerca de arame / Arrebentou o portão de ferro.

Ponto de Subida

Vai exú, vai passear / Vai exú, vai passear / Numa noite tão bonita / Numa noite de luar / Numa noite tão bonita / Numa noite de luar.

Axé!

PONTOS CANTADOS – ERÊS

1. Papai me manda um balão / Com todas as crianças / Que tem lá no céu / Papai me manda um balão / Com todas as crianças / Que tem lá no céu / Tem doce Papai / Tem doce Papai / Tem doce lá no meu jardim / Tem doce Papai / Tem doce Papai / Tem doce lá no meu jardim.

2. Eu quero doce / Eu quero bala / Eu quero mel / Pra passar na sua cara / Eu quero doce / Eu quero bala / Eu quero mel / Pra passar na sua cara.

3. Eu vi Doum na beira d’água / Comendo arroz / Bebendo água / Eu vi Doum na beira d’água / Comendo arroz / Bebendo água / Eu vi Cosme e Damião na beira d’água / Comendo arroz / Bebendo água / Eu vi o Marquinhos na beira d’água / Comendo arroz / Bebendo água / Eu vi...... (nomes dos erês).


Ponto de Subida 

Andorinha que voa, voa andorinha / Leva as crianças pro céu, andorinha / Leva, leva, leva, andorinha / Leva as crianças pro céu, andorinha.


Axé!

PONTOS CANTADOS – PRETO VELHO


1. Pai Joaquim ê ê, Pai Joaquim ê á / Pai Joaquim veio de angola / Pai Joaquim vem de angola, angolá.

2. Pai Joaquim cadê Pai Mané / Pai Mané foi na mata busca guiné / Pai Joaquim cadê Pai Mané / Pai Mané foi na mata busca guiné / Diga a ele que quando vier / Que subi a escada / E não bata o pé / Diga a ele que quando vier / Que subi a escada / E não bata o pé.


3. Vovô não quer / Casca de coco no terreiro / Vovô não quer / Casca de coco no terreiro / Pra não lembrar do tempo do cativeiro / Pra não lembrar do tempo do cativeiro.

Pontos de Subida

A sineta do céu bateu / Oxalá já diz que é hora / A sineta do céu bateu / Oxalá já diz que é hora / Eu vou, eu vou, eu vou / Fica com Deus e Nossa Senhora / Eu vou, eu vou, eu vou / Fica com Deus e Nossa Senhora.

Axé!

PONTOS CANTADOS – MARINHEIRO


1. Ôh Martin pescador / Que vida é a sua  / Bebendo cachaça  / caindo na rua ?/ Ôh Martin pescador / Que vida é a sua  / Bebendo cachaça  / caindo na rua ?

2. Ôh Marinheiro, é hora / É hora de vir trabalhar / Ôh Marinheiro, é hora / É hora de vir trabalhar / É Céu / É Mar / É Terra / São os Marinheiros que vêm nas ondas do mar.

3. Oh marinheiro, marinheiro, marinheiro só / Quem te ensinou a nadar, marinheiro só / Foi o tombo do navio, marinheiro só / Foi o balanço do mar, marinheiro só / Lá vem, lá vem marinheiro só / Ele vem faceiro, marinheiro só / Todo de branco, marinheiro só / Com seu bonezinho, marinheiro só / Eu não sou daqui, marinheiro só / Eu não tenho amor, marinheiro só / Eu sou da Bahia, marinheiro só / De São Salvador, marinheiro só.

Ponto de Subida

Adeus camarada, adeus, adeus / Que eu já vou embora / É no balanço do mar / Que eu vim / É no balanço do mar / Que eu vou embora.

Axé!

PONTOS CANTADOS – CIGANO

1. Em suas carroças de flores perfumadas / Eles vêm chegando de aruanda (bis)/ Trazendo a pureza de Oxalá / Vem purificar nosso terreiro de Umbanda / Vamos bater palmas, gente / Para saudar o povo do Oriente!

2. Oh cirandeiro, cirandeiro ó / A pedra do seu anel brilha mais que ouro em pó/ Oh cirandeiro, cirandeiro ó / A pedra do seu anel brilha mais que ouro em pó. / Com seu pandeiro e rosa vermelha no cabelo / Que bonito ver...a cigana no terreiro / Com seu pandeiro e rosa vermelha no cabelo / Bonito ver...a cigana no terreiro.


3. Ganhei uma barraca velha / Foi a cigana quem me deu / Ganhei uma barraca velha / Foi a cigana quem me deu / tudo que é meu é da cigana / O que é dela não é meu / tudo que é meu é da cigana / O que é dela não é meu / Ciganinha puerê / Puerê puerâ / Ciganinha puerê / Puerê puerâ.

Ponto Subida

Se precisar de mim / É só mandar chamar / Os ciganos vão embora / Mas logo irão voltar.


Axé!











PONTOS CANTADOS – BAIANO

1. Bahia Ô África / Venha nos ajudar / Bahia Ô África / Venha nos ajudar / Força baiana / Força africana / Força Divina / Vem cá Vem cá.

2. Na bahia tem um coco / Nesse coco tem dendê / Se a água do coco é doce / Eu também quero beber.

3. Ah! Meu Senhor do Bonfim  / Valei-me São Salvador / Vamos saravá nossa gira / Que o povo da Bahia chegou  / Chegou... chegou! / Bahia, Bahia Bahia de São Salvador / Quem nunca foi a Bahia / Peça à Deus nosso Senhor.

Ponto de Subida 

Ôh baiano, é hora / Ôh baiano, é hora / Despede dos amigos, baiano / E vai embora / Despede dos amigos, baiano / E vai embora.


Axé!

PONTOS CANTADOS - BOIADEIRO

1. Seu boiadeiro por aqui choveu / Seu boiadeiro por aqui choveu / Choveu que água rolou / Foi tanta água que seu boi nadou.

2. Em cima do meu lajedo / Eu bebi água no gravatá / Eu bebi água no gravatá/ Sou boiadeiro / Eu bebi água no gravatá.


3. A menina do sobrado / Mandou me chamar, pois sou criado / Eu mandei dizer a ela / Estou vaquejando o meu gado / Sou eu boiadeiro / Que gosta do samba arrochado.

Ponto de Subida

Ele já vai, já vai / Ele  já vai pra lá / O seu pai é quem lhe chama, ele não pode demorar.


Axé!

25 de novembro de 2016

PONTOS CANTADOS - OXALÁ


1. Oxalá meu pai / Tem pena de nós, tem dó / Se a volta no mundo é grande / Seu poder ainda é maior / Oxalá meu pai / Tem pena de nós, tem dó / Se a volta no mundo é grande / Seu poder ainda é maior.        

2. Oxalá abençoe as ondas / Oxalá abençoe o mar / Oxalá abençoe seus filhos/ Na terra do Juremá / Oxalá abençoe seus filhos / Na terra do Juremá.



3. Deus salve os nossos guias / Pela glória desse dia / Eu vim aqui / Pedir a Oxalá / E a Estrela Guia / Que aumente a nossa fé / Para que possamos alcançar / As luzes que passar que neste congá.

14 de outubro de 2016

OFERENDA PARA ORIXÁS

Oxalá (sexta): Toalha, velas, fitas flores e linhas brancas, frutas brancas, vinho branco doce, canjica, pães, mel, farinha de trigo, coco seco, água de coco, pemba branca, espiga verde, quartzo branco, cristal.

Oxóssi (quinta): Toalha, velas, linhas e fitas verdes e brancas, frutas doces, maçã cozida, mel, moranga cozida, espiga verde, doces cristalizados, vinho tinto, cerveja branca, sucos de frutas, pemba verde, bolo de fubá.

Xangô (quarta): Toalhas, velas, linhas, fitas marrons, abacaxi, melão, manga, caqui, melancia, figo, goiaba vermelha, laranja, vinho tinto seco, cerveja preta, licor de chocolate, pemba marrom, quiabo cozido.

Ogum (Terça): Toalhas, velas, linhas, fitas, cordões, vermelhos, palmas vermelhas, cravos vermelhos, melancia, uva, laranja, pera, ameixa preta, goiaba vermelha, abacaxi, licor de gengibre, cerveja branca, pemba branca, feijoada.

Iansã (sábado): Toalha velas, linhas, fitas e pemba amarelas, flores amarelas, laranja, uva, abacaxi, melancia, melão, pêssego, goiaba vermelha, champanhe uva ou cidra, licor de menta, abacaxi em calda, arroz doce com canela em pó, acarajé.

Oxum (sábado): Toalha azul escuro ou dourada, vela azul escuro, linhas azuis escuras, rosas brancas, amarelas ou rosas, lírios brancos, pemba azul escura, pera, goiaba, melancia, figo, cereja, maçã, licor de cereja, champanhe de maçã ou uva.

Iemanjá (sábado): Toalha azul clara ou branca, fitas, linhas e pemba azul clara, rosas brancas, palmas, lírios brancos, melão, cereja, laranja lima, goiaba branca, framboesa, champanhe uva, licor, manjar de arroz doce com canela em pó.

Omulú (Segunda): Toalha, fitas, linhas e velas brancas e pretas, pemba branca ou preta, flor do campo, crisântemo, rosa branca, pipoca com mel, maracujá, ameixa preta, figo, coco seco com mel, batata doce ou roxa cozida com mel, água (em copos), vinho branco licoroso, licor de hortelã.

Nanã (Segunda): Toalha lilás ou florida, velas, linhas e fitas lilás, lírios, flores do campo, crisântemo, uva, melão, figo, mamão, manga, maracujá doce, framboesa, amora, champanhe rosa, vinho tinto suave, licor de amora, framboesa ou morango.

Cosme e Damião (domingo): Toalha colorida ou azul e rosa, velas, fitas, linhas e pembas azul e rosas, todos tipos de flores, balas, pirulitos, bolos, paçocas, quindim, maria mole, cocada, teta de nega, arroz doce, guaraná, água de coco, suco de frutas, uva, pêssego, goiaba, cereja, ameixa, morango, maça, pera, doces de frutas.

Axé!

5 de outubro de 2016

ANJO DA GUARDA


O que é um anjo?

Um ser iluminado, a mais pura essência, uma energia poderosa, um espírito puro a quem Deus confiou mais de 1.165 tarefas, conforme nos conta a própria Bíblia.

Anjos são os espíritos puros criados por Deus, e significam mensageiros, e Anjo da Guarda é o anjo que Deus dá a cada homem, para protegê-lo.
O Anjo da Guarda nos protege contra a malícia humana, a hipocrisia, a falsidade, a mentira, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem prejudicar.

COMO ACENDER VELA AO ANJO DE GUARDA




É um ritual muito simples, porém, com alguns detalhes importantes:

1- Sempre acender velas brancas;

2- Colocar a vela + 1 copo com água em um local limpo que fique acima da altura da cabeça da pessoa;

3- Ao acender a vela, converse com seu Anjo protetor, abra seu coração, agradeça e ao final faça uma oração que pode ser um Pai-Nosso;

4- Não “levante” seu Anjo, dentro do banheiro ou no chão de qualquer lugar;

5- Você pode “levantar” seu Anjo em qualquer dia da semana, mas o melhor dia é o domingo;

6- Você só deve acender uma vela para o anjo de outra pessoa se esta pessoa permitir, caso contrário, não adianta nada, você estará somente iluminando o recinto;


7- Quando dissemos “levantar o Anjo”, isto é uma força de expressão, afinal um Anjo tem luz própria e este ritual de “levantar” vela para o Anjo, é para que se possa haver uma ligação entre você e seu Anjo, na realidade esta luz é para iluminar seus próprios caminhos com o poder dos Anjos, se possível, acenda também um incenso, onde você terá a força dos seguintes elementos: copo de água (água) – luz da vela (fogo) – incenso (ar).

Axé!

3 de outubro de 2016

FIOS DE CONTAS / GUIAS


São ritualisticamente preparadas de acordo com a necessidade e vibração de quem irá utilizar (médium e entidade), e conforme a finalidade específica.

Se obedece uma numerologia e cores adequadas, ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.

Essas guias tem, como uma das finalidades, a função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado.

Elas ajudam nas incorporações porque atraem a energia particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, e desta forma, cria-se um círculo de vibrações positivas ao redor do médium que as utiliza.

Servem também como para-raios em casos do recebimento de uma grande carga de energia negativa. Neste caso, ao invés desta carga chegar diretamente ao médium, essa energia é descarregada nas guias, e em algumas situações os fios arrebentam.

Normalmente, com a chegada de um novo filho na casa, ou ao ser batizado na Umbanda, este filho de santo recebe a guia de Oxalá, com a finalidade de proteção maior, feita basicamente para proteção.

Dependendo da doutrina da casa, o filho também receberá, ao ingressar na casa, a guia correspondente ao orixá patrono da casa.

Com o passar do tempo, conforme necessidade ou obrigações realizadas, o filho vai recebendo as demais guias correspondentes.

De acordo com o desenvolvimento do médium, as entidades do médium poderão pedir que sejam elaboradas novas guias que serão utilizadas nos trabalhos.

Existem também outras guias como, por exemplo, a "guia de sete linhas", cuja necessidade e cores, serão determinadas pelo guia chefe da casa.

O ritual para confecção das guias pode variar dependendo de cada terreiro, podendo ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por exemplo) antes de montagem.

Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. Toda guia geralmente deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes do terreiro.

As guias podem ser cruzadas com pemba, ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão prontas.

Depois de colocada no pescoço a guia deve alcançar aproximadamente até abaixo do umbigo.

Os rituais de confecção, fechamento e cruzamento, normalmente seguem ordens da casa.

Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada não tem nenhuma representação, seria neste caso, apenas um acessório de enfeite.

As guias são elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.

Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual. A manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional.

O Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogans podem eventualmente ceder sua guia para uso de algum médium durante um determinado trabalho, caso o mesmo esteja sem sua própria guia. E somente estes mesmos citados, além das entidades, podem um algum momento manusear a guia do médium.

Durante a utilização de uma guia, o médium não deve se alimentar (exceto em rituais); Não ingerir bebidas alcoólicas (exceto em rituais); Não manter relação sexual; Não ir ao banheiro; Não tomar banho; Não fazer uso de fumo ou outros tipos de drogas.

Em qualquer destes casos, deve-se retirar a guia e guardar, ou entrega-la para o Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogans para que tomem conta das mesmas.

Observação: Utilizar a guia em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual, ou por pura vaidade ou exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representam.

Devem ser sempre limpas e guardadas no terreiro ou em algum lugar longe do alcance e visão de curiosos.

Com o passar do tempo, para descarregar a guia, o médium poderá lavá-las em água de chuva, de cachoeira ou de mar e depois energizá-las com amaci ou alfazema, buscando sempre o aconselhamento Pai/Mãe de Santo sobre como proceder.

A seguir, alguns tipos principais de guias de orixás e entidades:

Orixás

OXALÁ - Contas brancas
OXOSSI -  Contas verdes
XANGÔ - Contas marrons
OGUM - Contas vermelhas
YEMANJÁContas azuis claras
OXUM - Contas azuis escuras
YANSÃ  - Contas amarelas
NANÃ - Contas roxas
OBALUAYÊ  - Contas pretas com contas brancas

Entidades

PRETOS VELHOS - Contas pretas com contas brancas, lágrimas de Nossa Senhora Sementes, cruzes, figas (arruda, guiné, etc.)
ERÊSContas rosa e contas azuis, (podem incluir diversas cores), chupetas, etc.
CABOCLOS - Contas verdes (podem incluir outras cores), sementes, dentes, penas, etc...
BOIADEIROS - Contas verdes (podem incluir outras cores), olho de boi, sementes, dentes, pedaços de couro, etc.
MARINHEIRO - Contas de cristal azuis, brancas.
BAIANOS -  Contas amarelas, laranja (podem incluir outras cores), olho de boi, sementes, dentes, pedaços de couro, etc.
EXU/POMBA GIRA - Contas pretas e contas vermelhas; contas pretas ou contas vermelhas, pode-se incluir instrumentos de ferro, aço, etc.
MALANDROS - Contas vermelhas com contas brancas; além de instrumentos de ferro,aço, etc.

Axé!